terça-feira, 22 de julho de 2014

Encrustradas em pedra, memórias são eternas. Os traços não se apagam, antes nos apegam. O planeta e os ponteiros dão voltas e voltas e voltas mais veloz que a luz. Fora de todo tempo, um momento desenhado, idealizado como tudo que é bom. Em minha carne te levarei ao cerne da terra até que não haja mais luz e olhos para ser lida.

domingo, 13 de julho de 2014

De quantos castelos fiz parte? Quantos ruiram por terra antes que qualquer ai se ouvisse? Faltam pontes e sobram travessias nesse mundo inundado. Não sirvo pra telha e as fundações se desmancham. Quando caio em mim, não ouço eco.

terça-feira, 8 de julho de 2014

São duras as penas e as pedras. Precisam ser ou não mudariam o curso das águas e dos ventos. São o necessário imposto para transitar pela larga vida, pago por todos. Sofro de desmesurado ódio alheio de quem em mim vê mero obstáculo e não o próprio instrumento que viabiliza dito trânsito. Minha própria pena, com a qual escrevo rodovias para outros. Minha própria via não roda: rodopia no ar, qual pena ao sabor do vento... leve o vento me leva e nem me lembro da dureza.